sábado, 26 de outubro de 2013

Qual é a sensação de jogar com o Oculus Rift?



Aqui no Olhar Digital, já mostramos como funciona o Oculus Rift, equipamento de realidade virtual que promete levar os games a outro patamar muito em breve, e as reações hilárias da nossa equipe (relembre estes momentos constrangedores aqui). O que não pudemos relatar com precisão foi a experiência de jogar de fato com o display equipado.

Antes de entrarmos em detalhes, para quem ainda não conhece, o Oculus Rift gera imagens tridimensionais em uma tela de LCD que com a ajuda de acelerômetro e giroscópio reconhece os movimentos da cabeça do usuário. Desta forma, quando você mexe a cabeça para o lado esquerdo, o personagem se vira para o lado esquerdo; olha para a direita, o personagem vira para a direita.

Dito isto, fica claro que o Oculus Rift e jogos de tiro em primeira pessoa, os famosos FPS, foram feitos um para o outro, e foi isso que testamos durante a Brasil Game Show. Tivemos a oportunidade de brincar um pouco com o jogo Team Fortress 2 e a experiência foi incrível.

A primeira coisa a perceber é, sim, a resposta dos sensores de movimento da cabeça é perfeita, o que ajuda bastante na imersão do jogador. Girar sua cabeça equivale a girar o analógico direito no seu controle.

Reprodução

Esta é uma barreira difícil de transpor: a do controle na sua mão. Como jogador, sua reação instintiva é girar o analógico para girar o personagem. É natural após de anos de treinamento. Abandonar este hábito para realmente megulhar no jogo é complicado. Mais de uma vez me peguei pensando "Ok, preciso parar de mexer no analógico. Preciso virar a cabeça para olhar", o que certamente prejudicou os momentos do jogo.

Ao mesmo tempo, há quem sinta exatamente o oposto. Não foi meu caso, mas um colega sentiu uma sensação esquisita. O megulho foi tão profundo que o cérebro sentiu um leve "piripaque". A sensação de que você está caminhando, graças à movimentação do controle, somada ao fato de que suas pernas estão paradas podem causar estranhamento, e até enjoo em casos mais extremos.

Nos meus testes, os gráficos também representaram um problema para que eu me sentisse parte do jogo. O gráfico pouco realista de TF2, aliado a um 3D ligeiramente embaçado, afastou um pouco da "interpretação" do personagem. Talvez em um game como Battlefield ou Call of Duty, cujas imagens se aproximam um pouco mais da vida real, com um visual em três dimensões melhorado, a experiência pudesse ser melhor.

Ficou muito claro que a tecnologia está bastante crua, mas que possui um potencial incrível para imersão em videogames. Contudo, a sensação que ele passa é que ele pode ser grande com a nova geração de jogadores; os mais velhos, que cresceram com a movimentação por analógicos, devem ter um pouco mais de dificuldade de se adaptar, principalmente enquanto for necessário um controle nas mãos para realizar comandos. 


via olhar digital
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