
A apenas três meses para o encerramento de 2013, não há mais prazo para que toda a Internet brasileira migre do protocolo IPv4 para o IPv6. A estimativa do NIC.br é de que o esgotamento dos blocos IPv4 alocados ao Brasil ocorra no início de 2014.
O pais não fez o seu dever de casa e terá de entrar na nova fase da Internet mundial usando ferramentas que permitem a convivência dos dois protocolos mas com uma série de problemas para os usuários. Do ponto de vista da segurança, por exemplo, podem mascarar a navegação de criminosos virtuais.
Para se ter uma ideia do atraso brasileiro, apenas 1% dos provedores de conteúdo cumpriu a meta de migrar, segundo revelou Milton Kashiwakura, diretor de Projetos do NIC.br, em entrevista concedida durante o Rio Info 2013 ao portal Convergência Digital.
Preocupado com essa e outras situações, o Comitê Gestor da Internet no Brasil baixou nova resolução (nº33/2013)contendo uma série de recomendações para acelerar o processo. Ao governo, o CGI apoia iniciativa de se criar um plano de metas para a migração dos diversos órgãos federais e de adotar nas compras governamentais a exigência de suporte a IPv6, como requisito fundamental para a compra de equipamentos de rede.
As medidas sugeridas pelo CGI.br são as seguintes:
• Enviar ofício para SBC e sua Comissão Especial em Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (CE-ReSD), LARC, ANDIFES, ABRUEM, FEBRABAN, Câmara-e.net, principais operadoras de telecomunicações, principais empresas e entidades representativas ou com destaque, em diferentes setores, reforçando a urgência da implantação do IPv6 e questionando sobre que medidas estão sendo adotadas ou planejadas, e seu cronograma de implementação;
• Instruir o NIC.br para que incremente a produção de vídeos educativos e materiais didáticos sobre o assunto, com o objetivo de informar: (i) os gestores não familiarizados com tecnologia, (ii) os profissionais da área de TIC em geral, (iii) os profissionais de Internet, integrando uma campanha extensiva de conscientização sobre IPv6;
• Apoiar a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão na criação de um plano de metas para a adoção do IPv6 nas entidades do Governo Federal.
• A Rede Nacional de Pesquisa apoie e incentive, utilizando os Pontos de Presença existentes, gestores de TI dos diferentes campi universitários na implantação do IPv6;
• As universidades ofereçam cursos de formação, capacitação ou educação continuada em IPv6.
• Os docentes de disciplinas de computação e redes utilizem em suas aulas estudos de casos, exemplos e laboratórios com IPv6.
• Instruir o NIC.br para que incremente a produção de vídeos educativos e materiais didáticos sobre o assunto, com o objetivo de informar: (i) os gestores não familiarizados com tecnologia, (ii) os profissionais da área de TIC em geral, (iii) os profissionais de Internet, integrando uma campanha extensiva de conscientização sobre IPv6;
• Apoiar a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão na criação de um plano de metas para a adoção do IPv6 nas entidades do Governo Federal.
• A Rede Nacional de Pesquisa apoie e incentive, utilizando os Pontos de Presença existentes, gestores de TI dos diferentes campi universitários na implantação do IPv6;
• As universidades ofereçam cursos de formação, capacitação ou educação continuada em IPv6.
• Os docentes de disciplinas de computação e redes utilizem em suas aulas estudos de casos, exemplos e laboratórios com IPv6.
"As instâncias do Governo Federal, Estadual e Municipal também são lembradas a incluir o suporte a IPv6 como requisito na compra de equipamentos e em seu provimento de acesso à Internet, além de estabelecer critérios e cronogramas de implementação em suas redes", informa o CGI.br em suas "recomendações adicionais".
Da mesma forma, o órgão gestor da Internet brasileira pretende atuar com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) para apoiar e incentivar gestores de TI dos diferentes campus universitários, na implantação do IPv6 e utilização dos Pontos de Presença existentes. Universidades são convidadas a oferecer cursos de formação, capacitação ou educação continuada em IPv6, assim como seus docentes são incentivados a utilizar em suas aulas estudos de casos, exemplos e laboratórios com IPv6.
IPv4
O esgotamento de endereços disponíveis na versão 4 do protocolo IP (IPv4) é um fato conhecido por toda a comunidade Internet há muitos anos. Com a aproximação do fim de todos os estoques de IPv4 no mundo, prevista desde a década de 1990, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) alerta mais uma vez a todos para a necessidade de adoção da nova versão do protocolo, o IPv6.
O CGI.br enviará ofícios para a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e para outras instituições relacionadas ao desenvolvimento da Internet no Brasil, com o objetivo de reforçar a urgência da disseminação do IPv6 na rede brasileira. Vídeos explicativos e materiais didáticos sobre o assunto serão desenvolvidos pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) para compor uma campanha ainda mais extensiva de conscientização sobre IPv6. Por fim, o CGI.br apoiará a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (SLTI/MPOG) na criação de um plano de metas para a adoção do IPv6 nas entidades do Governo Federal.
Desde 2009, o NIC.br promove treinamentos sobre IPv6 gratuitamente para profissionais de operadoras de telecomunicações, provedores Internet e outras instituições. Até agora 103 turmas foram treinadas, num total de 3097 profissionais. Dessas turmas, 14 foram exclusivas para as principais operadoras.
A quantidade de endereços IP é de, aproximadamente, quatro bilhões na versão 4 do protocolo (232) e 3.4×1038 na versão 6 (ou 2128). À medida que aumenta o crescimento da rede, esgotam-se os estoques regionais. Em janeiro de 2011, a IANA (Internet Assigned Numbers Authority, estoque central da Internet para endereços IP), delegou seus últimos blocos IPv4 às entidades regionais: dois ao APNIC (responsável pela área da Ásia e Pacífico) para atender às suas necessidades imediatas e um para cada um dos demais Registro Regional da Internet (ou RIR em inglês): Ripe (Europa), Afrinic (África), Lacnic (América Latina) e Arin (América do Norte). Desses, APNIC e RIPE já esgotaram seu estoque. O Lacnic ainda possui blocos, que serão delegados conforme a necessidade local.
*Con informações do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
via http://convergenciadigital.uol.com.br
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