Plants vs. Zombies 2, pode causar uma sensação de deja vú para fãs do original, afinal traz uma experiência muito próxima do primeiro título. As semelhanças foram propositais e a estratégia de manter os elementos que consagraram a franquia foi explicada pelo produtor criativo do jogo, Borja Guillán, em entrevista para o TechTudo durante o lançamento do jogo, que aconteceu nesta quarta-feira (21) em São Paulo, capital. Confira:
“Fizemos um exercício de decidir o que o primeiro tinha de tão bom e trabalhamos em cima disso”, disse Guillán, em entrevista para o Techtudo, “nosso objetivo não era mudar muitas coisas, mas manter o que é central para o game, sua jogabilidade”. Plants vs. Zombies 2, por isso, é ainda o mesmo jogo, o mesmo misto de estratégia e compulsão, que desafia jogadores a impedir o avanço de zumbis utilizando um crescente armamento vegetal. Cada plantinha ainda tem um poder específico e um balanço de prós e contras que carrega algo de Pokémon em sua essência.
O novo título, portanto, aposta em pequenas mudanças para engrossar o caldo do original. A maior e mais notável é que o jogo está mais temático: uma viagem pelo tempo atrás de um delicioso taco leva as plantinhas em um tour pelo Egito antigo, pela era dos piratas e o Velho-Oeste. Cada nova área agora é um tabuleiro que lembra o de Mario Party, repleto de bifurcações e desafios extras, além de inimigos únicos. Para contra-atacar os novos zumbis, o jogador tem à disposição o Adubo, que permite um aumento temporário das capacidades de uma planta, e acesso a gestos no touchscreen que podem eletrocutar ou mandar voando um monte de cadáveres ambulantes.
Segundo Borja, a equipe considera o novo game como a primeira grande sequência direta do original. É também um jogo mobile e digital com um número “2” atrelado, e como tal, sofre de algumas dificuldades: entre elas justificar o download de um produto que ainda compete espaço com seu antecessor e lidar com a necessidade sempre presente de contornar a vitrine em rápida atualização da AppStore com um bom marketing boca a boca que garanta alguma longevidade.
Além disso, os aparelhos móveis conectados à Internet ainda são uma plataforma em pleno processo de expansão (entre abril e junho se passou a vender mais smartphones do que aparelhos celulares, e tem quem acredite que o comércio de tablets só vá desacelerar em 2018), então atualizar seu produto para um fluxo de novos consumidores pode trazer benefícios que uma inovação completa talvez não seria capaz de obter.
Jogar seguro também tem um último motivo: este é o primeiro Plants vs. Zombies gratuito. E por mais que pareça insensato falar sobre inseguranças com uma série que já comemora 140 milhões de unidades comercializadas (ou mais da metade de todo o histórico de vendas da série Super Mario), é válido lembrar que, onde Plants vs. Zombies original ganhava com cada download, a sequência precisa faturar com a venda de itens opcionais in-app. Alguns especialistas da área sugerem que entre 2 a 3% do público de jogos free-to-play de fato investem dinheiro real no jogo, então, na melhor das hipóteses, dos 16 milhões de downloads desta semana, a PopCap, estúdio do jogo, obteve 480 mil clientes pagantes.
Entretanto, o modelo Freemium ainda não se mostrou de todo ideal, pois a loja do jogo conta com alguns itens consideravelmente inflacionados. Para se obter todas as novas plantas disponíveis para compra com dinheiro real, por exemplo, o usuário desembolsa US$ 13. Segundo o produtor, entretanto, medidas foram tomadas para evitar causar desconforto: “não queremos ter qualquer espécie de negócio que danifique o jogo ou impeça que o usuário tenha uma boa experiência”, comenta Guillán. “O objetivo é que o jogo brilhe por si só, e que envolva o usuário de forma a, aí sim, decidir se vai ou não investir dinheiro real”.
via tech tudo
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