A Marinha norte-americana, em parceria com o Boston College, pode ter descoberto um material potencialmente revolucionário para a confecção de novos microchips. É o arseneto de boro cúbico, um material que tem propriedades muito interessantes para a criação de componentes eletrônicos que sejam mais eficientes na hora de dissipar o calor.
Segundo simulações de computador, ele poderia ser agregado na estrutura em silício de nossos processadores atuais para aprimorar a dissipação de calor desde o primeiro passo da energia térmica rumo o mundo exterior.
Todo componente eletrônico esquenta com o consumo de energia. Esse calor é, basicamente, energia dissipada, que não foi convertida em dados, pelo componente durante seu funcionamento. Processadores, por exemplo, dissipam tanta energia que precisam de soluções ativas de resfriamento, como os coolers. Se um processador operar sem um cooler, em questão de segundos, ele derrete. A ideia dos cientistas é usar o arseneto de boro cúbico como primeira medida para tornar a dissipação térmica mais eficiente.
Mas para o calor ser efetivamente conduzido para o mundo exterior, ele precisa ser conduzido para as interfaces térmicas, como pastas e coolers. Até o momento, não se conhecia alguma substância que pudesse ser agregada aos eletrônicos atuais capaz de elevar seus níveis de dissipação. A pesquisa norte-americana se debruça sobre a questão do aquecimento sobre uma nova perspectiva: até aqui, novas técnicas de refrigeração de microchips sempre abordam melhores heatskins, interfaces, pastas térmicas, coolers, resfriamento líquido e etc. Neste caso, os cientistas estudam uma forma de tornar a dissipação de calor mais eficiente desde o primeiro momento
O arseneto de boro cúbico possui níveis de condutividade elétrica em temperatura ambiente em níveis similares aos valores do grafite e do diamante, os grandes campeões da natureza no quesito. Essa capacidade de conduzir eletricidade pode ser a solução para criar microchips mais capacitados na hora de dissipar calor.
A pesquisa dos técnicos norte-americanos se limitou, até o momento, a simulações em computadores. Embora os resultados sejam promissores, não há a menor estimativa de quando essa tecnologia possa aparecer em equipamentos domésticos.
Via Extreme Tech, tech tudo
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